A crença em criaturas vampíricas provavelmente remonta às experiências humanas muito antes do advento da palavra escrita. Tanto um temor respeitoso em relação aos mortos como uma crença nas propriedades mágicas do sangue podem ser encontradas em culturas do mundo todo. Contos modernos e antigos sobre chupadores de sangue , voadores noctívagos e sobrenaturais, tais como a Lamia (Bruxa, na mitologia grega) , são caracterizadas, sob muitas formas, em várias culturas mundiais.
O conceito específico dos mortos retornando para atacar e alimentar-se do sangue dos vivos encontrou sua maior expressão na Europa cristã. No século XII, o historiador William de Newburgh relatou diversos casos de mortos retornando para aterrorizar, atacar e matar durante a noite. Identificou esse tipo de espírito maligno com o termo latino sanguisuga. Na maioria dos casos sobre os quais escreveu, a única solução permanente era desenterrar e queimar o corpo do assaltante acusado.
Embora nenhuma crença prolongada nesses seres tenha continuado entre os ingleses, a onda de relatos virtualmente idênticos varreu grandes áreas da Europa oriental, do século XVI ao século XVIII. Uma grande variedade de termos foi desenvolvida para designar esses seres, tais como variações do termo sérvio vulkodlak (extraído da palavra que designa o lobisomem). Outros termos usados na Sérvia , vampir (de origem questionável) e palavras relacionadas (como a palavra russa upyr), também se desseminaram.
Ao longo do tempo , esses relatos sobre vampirismo se infiltraram na Europa ocidental, onde se tornaram foco de discussão intelectual. Em 7 de janeiro de 1732, um relatório oficial foi assinado pelo cirurgião do regimento de campanha Johannes Fluckinger, do governo austríaco (e três de seis assistentes), detalhando suas investigações sobre vampirismo na Sérvia. O relatório indicava diversas mortes na vila de Meduegna cinco anos antes, cuja culpa recaíra sobre um homem chamado Arnold (Paole) Paul, que alegara ter sido mordido certa vez por um vampiro e subseqüentemente morrido. Alguns acreditaram que ele tinha voltado do mundo dos mortos e os estava atormentando. Seu corpo, quando exumado, parecia estar em bom estado, mas o sangue escorria de sua cabeça e mais sangue espirrou quando foi açoitado. O cirurgião de campanha e seus assistentes estavam investigando uma nova onda de ataques alegadamente vampíricos na área quando examinaram outros supostos vampiros, que foram desenterrados. Oito, cuja aparência foi considerada extraordinariamente fresca, foram queimados.
Dom Augustin Calmet, um abate beneditino e renomado estudioso da Bíblia, publicou um tratado sobre os vampiros em 1746, no qual narrou, entre outros relatos, a história de Arnould Paul. Apresentou várias explicações racionais, mas também deixou em aberto a possibilidade de que algo sobrenatural poderia estar ocorrendo.
Um jovem escritor e médico do século XIX que pode ter se familiarizado com as teorias de Calmet sobre os vampiros foi John Polidori, um imigrante italiano residente na Inglaterra. Em 1816, durante um certo período, Polidori foi companheiro de viajem do aclamado poeta e escritor Lord Byron. Enquanto estava com Byron e um pequeno grupo de pessoas hospedadas na Villa Diodati, nas cercanias de Genebra, Polidori se juntou aos que, por sugestão de Byron, inventavam histórias de fantasmas para seu mútuo entretenimento. Uma das presentes era Mary Shelley, cuja história se transformou mais tarde no clássico romance de horror Frankesntein. A história de Byron era sobre um homem à beira da morte, que fazia seu companheiro de viagem jurar que não revelaria sua morte a ninguém. Anos mais tarde, Polidori juntou a idéia básica de Byron com um motivo vampírico. Usando Byron como modelo, criou o vampiro Lord Ruthven, um aristocrata viajante que atraía e matava mulheres inocentes a fim de se alimentar de seu sangue. Sua historia inspirou diversas peças de teatro e outras obras de criação durante o século XIX.
Em 1872, uma imagem mais inovadora para o vampiro foi apresentada pelo escritor irlandês Sheridam Le Fanu, com o lançamento de seu conto "Carmilla", que incorpora as crenças vampíricas a uma ambientação gótica. A historia gira em torno de uma vampira que desenvolve uma longa ligação com uma vítima do sexo feminino. Insinuações eróticas nesse estranho e sinistro vínculo entre vampira e vítima ecoam ao longo de toda a história.
Em fins de século XIX, o romance Dracula, de Bram Stoker, iniciou a era da ficção que continua até hoje. Dracula criou o vampiro vilão definitivo, utilizando elementos dos trabalhos de Polidori e Le Fanu para produzir um pano de fundo gótico para a história de um predador aristocrático profano saído do túmulo, que hipnotiza, corrompe e se alimenta das lindas jovens que mata. Stoker revelou todo o impacto das conotações psicossexuais envolvidas no relacionamento entre vampiro e vítima, mostrando a notável semelhança entre ânsia de sangue dos mortos-vivos e a sensualidade reprimida dos simples mortais. Um elo psíquico ainda mais profundo está indicado quando uma vítima do sexo feminino é forçada a beber o sangue de Drácula como parte de sua transformação em vampira.
Após o lançamento do extraordinário romance Dracula, em 1897, poucos romances foram publicados durante mais de meio século, e os que foram não eram dignos de nota. Porém na primeira metade do século XX novos romances e contos do gênero horror injetaram sangue novo ao tema. Particularmente em revistas de produção precária do tipo "horror", como Weird Tales.
Todavia, uma grande influência sobre a percepção pública do vampiro veio de filmes exibidos para grandes audiências. Boa parte dos primeiros filmes não conseguiu atrair o público no lançamento. O filme mudo alemão de 1922, Nosferatu, Eine Symphonie des Garuens, dirigido por F.W. Murnau, retratou com sucesso um vampiro de aparência mórbida e revoltante. Outros se seguiram a este como London After Midnight, em 1927.
Vampiro (1932) é um rigoroso e sombrio espetáculo de morbidez orquestrado pelo diretor Carl Dreyer, um dos nomes mais importantes da história do cinema. Porém os filmes das décadas de 1920, 1930 e 1940 consagraram alguns atores como lendas vivas do mito do vampiro , como o filme Drácula da Universal , estrelado por Bela Lugosi, Ao contrário do que muita gente pensa, o ator austro-húngaro Bela Lugosi interpretou Drácula nas telas em apenas duas ocasiões. Drácula (1931), da Universal, e Às Voltas com Fantasmas (1948), ao lado da dupla cômica Abbott & Costello. Entretanto o papel lhe marcou de forma tão definitiva que Bela chegou a ser enterrado vestido com os trajes de vampiro. Outros como Christopher Lee chegaram a fazem um verdadeiro PHD de vampiro, de tanto que interpretaram o papel, ele fez simplesmente sete filmes como o conde Drácula, de Vampiro da Noite (1958) até Os Ritos Satânicos de Drácula (1973). Detestava a imagem do vampiro, mas retornou ao papel em Conde Drácula (1970), Uma Dupla em Sinuca (1970) e Drácula, Pai e Filho (1977). Filmes de vampiros sempre foram um grande sucesso a exemplo de "Bram Stoker`s Dracula", (Copolla, 1992) ou "Entrevista com o Vampiro" (Neil Jordan, 1994). Não podemos esquecer também das várias séries de TV sobre o tema que pipocaram durante várias décadas.
Alguns anos após o término de uma cultuada série de TV sobre vampirismo conhecida como Dark Shadows, em 1971, apareceu um romance que retratava o vampiro tanto como herói trágico como anti-herói. Interview with a Vampire, de Anne Rice , publicado em 1976, faz uma apreciação altamente introspectiva da vida de um vampiro chamado Louis. A autora pinta um retrato macabro de uma pessoa altamente erudita e sensível que é atirada, sem saber , no fantasmagórico mundo dos vampiros. Louis é forçado a lidar com sua imortalidade enquanto procura algum sentido de identidade em sua existência de assassino movido a sangue.Em 1980, para brindar as sessões da tarde criam-se diversas versões adolescentes e de terror explícito do mito do vampiro. A Hora do Espanto (1985) é a visão moderna do vampiro no sucesso que revigorou o gênero em plena década de 1980, com humor corrosivo, cenas escabrosas que abusam de sangue e gosma cenográficos e efeitos visuais espetaculares.
Os anos 90 lideraram uma verdadeira explosão de interesse pelos vampiros. A revolução da TV a cabo e do vídeo cassete e posteriormente do DVD tornou acessíveis quase todos os numerosos filmes sobre o tema, muitos desses estavam inclusive fora de catálogo e foram relançados em formato digital. Uma torrente sem fim de romances vampíricos foi lançada. Um crescimento contínuo de romances sobre vampirismo em forma de seriados alcançou números sem precedentes para um único personagem do amplo universo do terror.O aclamado Drácula de Bram Stoker (Copolla, 1992) traz uma adaptação fiel do livro de Bram Stoker, mostrando a busca do Conde Drácula pela reencarnação de sua amada. No século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste é a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos. Entrevista com o Vampiro (1994), baseado no romance de Anne Rice é uma releitura do mito, carregada de ambigüidades sexuais. Em pleno século XX, um vampiro concede uma entrevista a um jovem repórter, contando como foi transformado em uma criatura das trevas pelo vampiro Lestat, na Nova Orleans do século XVIII. Uma curiosidade do filme é que Anne Rice ficou terrivelmente surpresa com a escolha de Tom Cruise para o papel de Lestat, entretanto ao ver a atuação de Cruise ela chegou a fazer um pedido de desculpas público em virtude do bom desempenho do ator.Assim aparecem filmes como "Um drink no inferno" (1996, Tarantino) que teve continuações, e retrata vampiros como bestas assassinas e sedentas de sangue, num clima de roadie movie com terror escatológico.'Blade - O Caçador de Vampiros (1998), surgiu baseado em um herói dos quadrinhos da Marvel, um ser metade humano e metade vampiro, movido pelo desejo de vingança contra aquele que o transformou nesse ser híbrido ao atacar sua mãe antes mesmo dele nascer. O filme rendeu mais uma seqüência, e a terceira parte está para estrear nos cinemas. O filme é violento e mostra vampiros brigando pelo poder como se fossem uma espécie de máfia, não faltam efeitos especiais, cenas de luta e parafernália eletrônica. No século XXI a moda dos vampiros permanece e ganhou até um folego extra. A Sombra do Vampiro (2000, Merhige), filme de ficção sobre os bastidores do clássico alemão, sugere que Schreck era um vampiro real contratado pelo diretor F.W. Murnau para dar maior realismo à história. Outro filme recente sobre o tema é Drácula 2000, de diretor Patrick Lussier, uma adaptação para os tempos atuais da clássica história do Conde Drácula. Em 2002 mais um livro de Anne Rice é adaptado para o cinema (mas sem o apuro da anterior), A Rainha dos Condenados (Rymer), baseado no terceiro livro de Rice sobre o tema, continua contando a história do vampiro Lestat, agora transformado em uma estrela do rock. Sua música acaba despertando a rainha de todos os vampiros, que tem por objetivo destruir a Terra. Para combatê-la, os demais vampiros imortais também despertam de seu sono. Recentemente foi lançado, Underworld (2003), um filme de vampiros com uma estética copiada da trilogia de ficção científica, Matrix, que mostra Vampiros e Lobisomens numa guerra sem fim, e como outros filmes do gênero já promete uma seqüência. Pelo visto o cinema é um campo bastante propício para o vampirismo.Quadrinhos rubros:Os vampiros retornaram nas HQs. Entre outros encontros, Drácula confrontou Batman em Chuva Rubra (1992) e o mascarado Zorro numa HQ de 1993. O livro de Stoker ganhou inúmeras adaptações em quadrinhos, incluindo álbuns do genial Guido Crepax. Blade o Caçador de Vampiros, a exemplo do que aconteceu com vários heróis dos quadrinhos, chegou as telas dos cinemas, e já promete a terceira seqüência em filme. Não podemos esquecer da importância hoje dos quadrinhos japoneses, os famosos mangás, neste gênero se destaca a presença de Vampire Princess Miyu e Vampire Hunter D. Produzido em 1988, "Vampire Princess Miyu" é uma série de quatro OVA's (disponíveis nos EUA), quatro volumes de quadrinhos (também disponíveis nos EUA) e seis histórias no fomato de rádio-novela, para CD (esses, só no Japão). Miyu é a vampira mais poderosa do mundo, sendo imune às armas tradicionais contra vampiros: cruz, alho, água benta e Sol. As histórias de Miyu apresentam um clima dramático e denso, sem contudo apelar para a violência explícita, tudo é muito sutil. O que impressiona na série é o forte apelo erótico sugerido apenas pelo olhar de Miyu e as mortes bastante cruéis dos Shimas. O roteiro é bem estruturando, renovando o tema vampiro de um maneira muito criativa.A narrativa destes desenhos é feita por Kimiko, uma médium que não aparece nos mangás originais. Ela originariamente queria matar Miyu, mas convenceu-se de que as intenções da menina-vampiro não eram malignas. E surge uma estranha aliança entre ambas. O autor de "Vampire Princess Miyu" é Narumi Kakinuchi. Nascido em Osaka, seu primeiro trabalho foi "Ideon Runaway" (Densetsu Kyo Shin Ideon). Outros trabalhos são as séries "Dangaioh", "Iczer" e "Vampire Yui", entre outros. Quanto à Vampire Hunter D, é ambientado em um mundo futurista onde há uma nova Idade Média, Numa pequena vila, uma garota, Dóris, foi mordida por um vampiro. E não por qualquer vampiro. Pelo Conde Magnus Lee, que há séculos é o senhor daquele local. O conde pretende desposá-la. Mas Dóris não deseja se tornar uma vampira. E na cidade, lhe recusam ajuda, o merceeiro recusa-se mesmo a vender-lhe as mercadorias de que necessita. Falam em exilá-la para um antigo campo de párias, o que somente não fazem por medo: o Conde Magnus matou diversas pessoas da cidade da última vez que fizeram isso com uma das suas escolhidas. Dóris tem uma única esperança. D.D é um caçador de vampiros. Deve ser bastante famoso, Dóris o encontra na estrada sabendo quem ele é, sem que nenhuma explicação seja dada. D é também um pouco mais que um caçador de vampiros.GamesSangue no joystickA saga de Drácula foi transportada para o universo dos games em Drácula: A Ressurreição e Drácula 2: O Último Santuário, aventuras em 3-D lançadas pela Infogames. O jogador assume o papel de Jonathan Harker e precisa desvendar enigmas, interagindo com dezenas de personagens.
Para algumas pessoas, isso vai além da mera simpatia pelo gênero para se tornar parte de um estilo de vida. Um exemplo disso está no cenário moderno da música gótica, no qual o gosto pelos vampiros e uma aparência vampírica estilizada são muito comuns.Em resumo: Os vampiros são eternos.
A Condessa Erzsébet Bathory (1561-1611) Erzsébet Bathory foi a Condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa disso ficou conhecida como um dos "verdadeiros" vampiros da história. A família Bathory viveu no que conhecemos hoje como República Eslovaca. Muitos dizem que ela era húngara, mas isso se deve ao fato de que naquela época, as fronteiras húngaras não era o que podemos chamar de "fixas" . Ela cresceu numa propriedade da família Bathory, em Csejthe, a nordeste da Hungria. Quando criança, era sujeita a doenças repentinas acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Erzsébet Bathory experimentou várias crises de possessão. Nunca podia prever-se quando tal aconteceria. De repente surgiam violentas dores na cabeça e nos olhos. As criadas traziam feixes de plantas frescas e narcotizantes, enquanto sobre o lume se preparavam drogas soporíferas onde se iriam embeber esponjas para se passarem a seguir pelas narinas da paciente. Não se sabe ao certo que tipo de doença a acometia nem qual a sua origem.Em 1574, Erzsébet engravidou de um breve romance com um camponês. Mas, assim que sua gravidez ficou visivel, ela foi escondida de todos, pois estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, chamado de "o herói negro". Erzsébet se casou com ele em maio de 1575. Como era soldado, o Conde Nadasdy passava a maior parte do tempo em campanhas, o que fazia com que a Condessa tivesse de assumir os deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Savar, propriedade da Familia Nadasdy. Foi aí que sua carreira maligna realmente começou, com o disciplinamento de um grande número de empregados, principalmente mulheres jovens. Ela não só punia aqueles que infringiam seus regulamentos, como também encontrava desculpas para severas punições, deleitando-se com a tortura e morte de suas vítimas.Há muitas histórias fabulosas sobre a Condessa Bathory. Conta-se que com 20 anos, idade em que normalmente se freqüentam bailes e recepções na aristocracia húngara, a prima do príncipe Drácula vivia numa quase total reclusão. Amantizou-se com o intendente Thorbes, que a iniciou em feitiçaria e que, tendo-a casado com Satanás, teria lhe transmite os ritos secretos da seita de "Ave negra" – sociedade secreta à qual ele pertencia. A Ordem da Ave Negra mantinha estreitas e subterrâneas relações com a Ordem do Dragão de Segismundo da Hungria. Erzsébet participava nas reuniões de magia com Thorbes, com a sua ama, as duas criadas e o mordomo Johannès Ujvary.Diz-se que certo dia a condessa, envelhecendo, estava sendo penteada por uma jovem criada, quando a menina acidentalmente puxou seus cabelos. Erzsébet virou -se para ela e a espancou. O sangue espirrou e algumas gotas ficaram na mão de Erzsébet. Ao esfregar o sangue nas mãos, estas pareciam tomar as formas jovias da moça. Foi a partir deste incidente que Erzsébet desenvolveu sua reputação de desejar o sangue de jovens virgens. O Conde Nadasdy não só tomava parte nos atos cruéis de sua esposa como ensinava a ela novas formas de tortura. Ele veio a falecer em 1604. Após sua morte, Elisabeth mudou-se para Viena e logo depois, passou um tempo no Solar de Cachtice, o local que foi o cenário de seus atos mais depravados e famosos. Uma segunda história fala do comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando ela colecionava uma série de jovens amantes. Logo que enviuvou, dispensou a companhia de sua sogra e dos subordinados do marido, para se entrega tranqüilamente aos ritos mágicos ensinados por Thorbes. Numa ocasião, quando estava em companhia de um de seus jovens amantes, viu uma mulher de idade e perguntou a ele: "O que voce faria se tivesse de beijar aquela velha bruxa ?". O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que tal aparência era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm ligado a morte do marido de Elizabeth e essa história , a sua preocupação com o envelhecemento e daí o fato de ela se banhar em sangue.Nos anos que se seguiram após a morte do marido, Erzsébet conseguiu uma nova companheira para seus atos sádicos: uma mulher chamada Anna Darvulia, de quem pouco se sabe. Quando a saúde de Darvulia piorou, Elisabeth voltou-se para Erzsi Majorova, viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. E parece que esta foi a responsável pelo declínio da Condessa pois incentivou a mesma a incluir entre suas vítimas, mulheres da nobreza, em virtude da dificuldade que Elisabeth estava tendo para conseguir novas criadas (ou seriam vítimas). Afinal, a fama da Condessa e seu comportamento já eram conhecidos por todas as redondezas. Em 1609, ELisabeth matou uma jovem nobre e encobriu o fato alegando suicidio.Em 1610, começaram as investigações sobre os crimes da condessa. Na verdade, era mais por motivos políticos (O Conde Nadasdy havia emprestado dinheiro ao Rei e este queria se ver livre de tal empréstimo confiscando o latifúndio da Condessa). Porém as suspeitas dos assassinatos dela, eram mais que uma desculpa para concretizar os planos da coroa.Outra versão do caso, afirma que Em Novembro de 1610, uma das vítimas conseguiu fugir antes de ser condenada à morte. O rei Mathias II, conhecedor do caso, encarregou o conde Thurzo de investigar as estranhas práticas da condessa. A 30 de Dezembro de 1610 o conde forçou a vedação do castelo de Csejthe. Na sala grande da torre de menagem, descobriu horrorizado um cadáver em cujo corpo não havia nenhuma gota de sangue, vasos cheios de sangue ainda não coagulado, e um moribundo barbaramente torturado. Submetido a interrogatório, o mordomo Ujvary confessou ter participado em trinta e sete assassinatos rituais. Uma tesoura, manejada por Erzsébet Bathory, substituía o punhal sacrifical. Os servos desta estranha missa de sangue recolhiam-no para depois prepararem os banhos de juventude de Erzébeth cuja aparência jovem, comentavam os juízes, "não podia ser senão de origem diabólica". Com isso, em 26 de dezembro de 1610, A Condessa Erzsébet Bathory foi presa e julgada alguns dias depois. Em 7 de janeiro de 1611, foi apresentada como prova, uma agenda contendo os nomes de todas as vítimas da Condessa, registrados com a sua própria letra. No total foram 650 vítimas.Além de sua reputação de assassina e sádica, ainda foi acusada de ser uma "lobisomem" (o termo "werewolf" traduzido do original, não possui gênero) e uma vampira. Durante seu julgamento, várias pessoas afirmaram que ela mordia o corpo das meninas que torturava. Ela foi acusada então de drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter a juventude. Por todos os parâmetros, Elisabeth era de fato uma mulher muito atraente.A condessa confessou arrogante e friamente os seus crimes. Os dois necromantes foram condenados à morte. Arrancaram-lhe as unhas, cortaram-lhes a língua, espetaram-lhe os olhos e por fim queimaram-nos em fogo lento.Erzsébet foi condenada a confessar a sua culpa e a ser decapitada. A sentença foi comutada, tendo em vista a sua origem e posição, para prisão perpétua "a pão e água". Veio a morrer em 1614, passados anos, encerrada entre as paredes de uma das salas do seu castelo.The Book of Werewolves registra a lenda básica de uma Condessa húngara que matou suas criadas para banhar-se no seu sangue, uma vez que ela imaginava que esse tratamento manteria sua pele jovem e saudável. A verdade é que ela assassinou 650 moças para esse fim. (...) O testemunho de centenas de pessoas demonstrou que o seu uso de sangue para finalidades cosméticas era lenda, mas confirmou que ela de fato matou mais de 650 moças (ela recorda cada atrocidade no seu diário). A Condessa evidentemente gostava de morder e dilacerar a carne de suas jovens criadas. Um de seus apelidos era "Tigre de Cachtice". Ela torturou (...) também em Viena, onde possuía uma mansão na rua dos Agostinianos(...), proximo ao palácio real no centro da cidade. Durante o julgamento em 1611, foi confirmado que "em Viena, os monges arremessavam seus corpos contra as janelas quando ouviam gritos (das moças sendo torturadas)". Esses monges certamente os do velho mosteiro Agostiniano defronte a mansão Barthory. No porão, Erzsébet mandou um ferreiro construir uma espécie de compartimento de madeira, ou cela, onde torutrava suas vítimas.Os constantes casamentos entre membros nobres da mesma família na Hungria, destinados a manter as propriedades entre si, podem ter levado à uma degeneração genética; a própria Erzsébet era sujeita a ataques epiléticos. Também um dos seus tios foi um notório satanista, sua tia Klara uma terrível aventureira sexual e seu irmão Stephen um bêbado e um devasso". Conta-se que pouco antes de completar 15 anos, Erzsébet casou-se com Ferenc Nadasdy. Ferenc era tão cruel quanto sua esposa. Quando em casa, distraía-se torturando presos turcos. Ensinou até mesmo algumas técnicas de tortura à Erzsébet. Uma delas, muito dolorosa, era uma variação do "pé quente", em que pedaços de papel embebido em óleo eram colocados entre os dedos do pé de empregados preguiçosos, aos quais se ateava fogo, fazendo com que a vítima visse estrelas de tanta dor e se contorcesse tentando livrar-se do fogo. Erzsébet costumava enterrar agulhas na carne e sob as unhas de suas criadas. Punha também moedas e chaves aquecidas ao rubro nas mãos das torturadas, ou então, usava um ferro para marcar o rosto de empregadas indolentes. Também costumava jogar moças na neve, enquanto água fria era atirada sobre elas até que morressem congeladas. A moça era levada para fora sem roupa e seu corpo esfregado com mel e ela permanecia 24 horas ao ar livre, de modo que pudesse ser picada por mosquitos, abelhas e outros insetos. Ela teria ateado fogo aos pelos pubianos de uma de suas empregadas. Entre tantas histórias dizem que uma vez ela abriu a boca de uma criada até que seus cantos se rasgassem, enfim, histórias desse tipo é que não faltam, o que torna difícil separar o fato da mito.Barthory fazia tudo isso com muita tranqüilidade porque era uma aristocrata húngara e sendo seus criados eslavos, estes podiam ser tratados como propriedade ou objeto, tão cruelmente quanto ela quisesse porque não tinham para quem apelar.Há muitas ligações entre a familia Bathory e Drácula. O chefe em comando da expedição que repôs Drácula no trono em 1476 foi o Príncipe Stephen Bathory; além disso, um feudo de Drácula passou às mãos dos Barthory durante o tempo de Erzsébet. O lado húngaro dos antepassados de Drácula podem ter relação com o clã Bathory.Outros historiadores afirmam que Bathory seria prima em um grau distante em relação a Drácula.
Tipos de vampiros:
Através dos anos, diversos povos criaram suas lendas de vampiros cada qual com suas próprias características, com seus pontos fortes e fracos. Aqui está algumas dos tipos de vampiros mais conhecidos:
Asanbosam: Asanbosam são vampiros africanos. São vampiros normais exceto o fato de possuírem cascos ao invés de pés. Tendem a morder suas vítimas no polegar.
Baital: Baital é uma raça de vampiro indiana. Sua forma natural é metade homem, metade morcego, tendo mais ou menos um metro e meio de altura.
Baobhan Sith: O Baobhan Sith (buh-van she) é uma fada demônio celta, que aparece como uma jovem mulher quee dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote, para depois se alimentar dele. Pode ser morta por ferro frio. (Os espíritos da floresta do balé Giselle parecem ser dessa espécie).
Ch'Iang Shih: Na China, existem criaturas vampíricas chamadas Ch'Iang Shih. São criadas se um gato pular sobre o corpo de um cadáver. Eles se levantarão para a vida e podem matar com um bafo venenoso além de poderem drenar o sangue. Se um Ch'Iang Shih encontra uma pilha de arroz, ele tem que contar os grãos antes de passar. Sua forma imaterial é uma esfera de luz.
Dearg-Due: Na Irlanda, muitos druidas falam do Dearg-Dues que têm que ser mortos sendo construído um monte de pedras sobre suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.
Ekiminu: Ekiminus são malígnos espíritos assírios (metade fantasma, metade vampiro), causados por um sepultamento impróprio. Eles são naturalmente invisíveis e são capazes de possuir humanos. Podem ser destruídos sendo usado armas de madeira, ou por exorcismo.
Kathakano: Os vampiros cretas Kathakano são muito parecidos com o original, mas só podem ser mortos se forem decaptados e a cabeça fervida em vinagre.
Krvopijac: Esses são vampiros búlgaros e também são conhecidos como Obours. Eles se parecem com vampiros normais mas têm apenas uma narina e a língua longa e pontiaguda. Eles podem ser imobilizados se colocadas rosas em seus sepulcros. Podem ser destruídos se conjurada uma palavra mágica numa garrafa e a mesma atirada numa fogueira.
Lamia: Lamia é originária da Roma e Grécia antiga. São esclusivamente fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal (quase sempre uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo). Elas comem a carne de suas vítimas assim como bebem seu sangue. As lamias podem ser atacadas e destruídas com armas normais.
Nosferatu: Nosferatu é outro nome para o vampiro original, que também é chamado de vampyre, ou vampyr.
Rakshasa: Rakshasa é uma poderosa vampira e feiticeira indiana. Geralmente aparenta um ser humano com características animais (garras, presas, olhos em fenda, etc...) ou animais com características humanas (pés, mãos, nariz chato, etc...). O lado animal é muito comumente um tigre. Elas comem a carne de suas vítimas além de beber seu sangue. As Rakshasas podem ser destruídas por fogo extremo, luz do sol, ou exorcismo.
Strigoiul: Este é o vampiro romano. Strigoiuls são muito parecidos com o vampiro original, mas preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho em sua boca ou removendo-se o coração.
Succubus: São vampiras demônio européias, essa lenda surgiu durante a Idade Média, quando a Igreja Cristã associava a mulher e o sexo à algo pecaminoso e demoníaco. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Incubus.
Vlokoslak: Vampiros sérvios também chamados de Mulos. Eles normalmente apresentam-se como pessoas trajadas de branco, tanto diurnos quanto noturnos, já que o sol não os afeta. Podem assumir a forma de um cavalo ou de uma ovelha. Comem suas vítimas assim como bebem seu sangue. Podem ser destruídos se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no pescoço.
Upierczi: Esses vampiros têm origem na Polônia e na Russia e também são chamados de Viesczy. Possuem um ferrão sob a língua ao invés de presas. Ficam ativos a partir da meia noite e só podem ser destruídos por fogo extremo. Quando incendiados, seu corpo irá explodir, dando origem à centenas de pequenos e repugnantes animais (larvas, ratos, etc...). Se algumas dessas criaturas escapar, então o espírito do Upierczi escapará também, e retornará para reclamar vingança.